Força de vontade, poder interior, determinação, disciplina e empenho, são expressões coloquiais para um termo científico conhecido como volição. Função psicológica primária, é um processo cognitivo pelo qual uma pessoa direciona, de forma consciente, uma ação. É algo mais que mera motivação. Ela é deflagrada quando se deseja algo, e a partir daí se adota estratégias para chegar lá. Querer emagrecer, economizar dinheiro, estudar ou matricular-se em uma academia são metas alcançáveis. Dá-se o problema quando deparamos com as tentações do cotidiano. Estima-se que passemos de três a quatro horas diárias resistindo a algum tipo de tentação. Recentemente, a neurociência e a psicologia fizeram uma descoberta sensacional: a força de vontade não é uma metáfora. É força de vontade mesmo. Alimentada e treinada, funciona como um músculo que, exercitado, responde aos comandos e, sedentário parece estar frouxo.
O organismo humano gasta seus recursos na juventude e paga os juros na velhice. Nosso metabolismo é preparado para ter energia na mocidade e saúde mais fraca na maturidade, mesmo se nos cuidarmos.
Em nenhuma outra necessidade humana o autocontrole é tão testado quanto nos cuidados com o peso. Uma pesquisa encomendada pela Nestlé, realizada com 800 mulheres, mostrou que 61% querem emagrecer. No entanto, quase metade dela admitiu não fazer absolutamente nada para alcançar tal objetivo. É crime? Não. É profundamente injusto, para não dizer indelicado, associar a obesidade à falta de força de vontade.
Afirmar que gordos são preguiçosos, é que só gordo quem quer, é inverdade científica. “A obesidade é uma doença complexa, que ocorre pela combinação de uma série de fatores. Cerca de cinquenta substâncias, entre hormônios e neurotransmissores, regulam o apetite, a saciedade e o paladar” , diz Alfredo Halpern, endocrinologista da Universidade de São Paulo. Embora a ciência não tenha desvendado totalmente os mecanismos da obesidade, sabe-se que a força de vontade é componente essencial para quem deseja emagrecer.
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Texto elaborado por Adriana Menon, professora MAP
Texto base: Revista Veja de 03 de Outubro de 2012.
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