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Desenvolver potencialidades individuais, por meio da prática de atividades físicas, como corrida, caminhada, musculação, circuitos funcionais, ginástica, coach em atividade física, é a nossa Missão. O incentivo constante do Personal Trainer, contribui para que o aluno pratique suas atividades físicas de forma motivada e possa alcançar níveis elevados de qualidade de vida, além de aprimorar o condicionamento físico e aparência, conquistando auto-estima, disposição e energia. Conheça a MAP e fique com quem realmente sabe o que faz e pode contribuir com excelência para seu desenvolvimento pessoal por meio da atividade física. Interesses Atividade Física geral, qualidade de vida, esportes, dança, treinamento funcional

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mais ativos, mais espertos

Novas pesquisas sugerem que a prática regular de exercícios estimula a multiplicação de neurônios e favorece a aprendizagem.

O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os alunos estimulados. Com a ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras: quem se exercita fica mais esperto.

Cientistas da Universidade Colúmbia e do Instituto de Pesquisas Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jancini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.
O que os cientistas investigam em laboratório o judoca Flavio Canto, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas (2004), observa no dia-a-dia de seus alunos. Ele é o criador do Instituto Reação, uma ONG que alia a prática esportiva e o estímulo à leitura. Na unidade da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, os 240 alunos recebem aulas de judô e de reforço escolar. Em dia de prova para avançar de nível no esporte – a aguardada troca de faixa –, cada jovem atleta tem de fazer uma redação. “Sempre digo a eles que um grande campeão é também um estudante acima da média”, diz.
O judoca observa que, com atividade física constante e estímulo intelectual, as crianças apresentam desempenho exemplar dentro e fora dos tatames. “O judô é como um jogo de xadrez: o atleta tem de criar uma estratégia e prever a reação do oponente. É um esporte que estimula o raciocínio e a concentração, características essenciais para ser bom aluno”, afirma Canto.
A relação entre atividade física e rendimento escolar também foi alvo de um estudo feito pelo neurologista Charles Hillman, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Foram reunidos 259 alunos do 3º e do 5º ano do ensino fundamental, em dois grupos: um de excelentes alunos, outro de estudantes abaixo da média. A equipe mediu o índice de massa corporal de cada um e os submeteu a um programa de alongamentos, corrida rápida, flexões e abdominais cronometrados. Aqueles que estavam mais em forma eram os que tinham melhores notas em Matemática e em interpretação de texto. “Com base nesse desempenho, concluímos que a atividade física ajuda a aumentar a capacidade cognitiva das crianças”, diz Hillman.
Ganhar neurônios não necessariamente significa um acréscimo de inteligência. O alargamento do hipocampo aumenta a capacidade de assimilar informações. Para que essa vantagem seja transformada em conhecimento intelectual, é preciso estudar. “O cérebro de quem se exercita é como um pedreiro saudável pronto para trabalhar. Se ele não receber os tijolos e o cimento, não vai construir nada”, diz o cardiologista Alfredo Fonseca, do Laboratório de Estudos do Movimento do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Até a musculação faz bem ao cérebro, segundo um novo estudo da Universidade Federal de São Paulo. O psicobiólogo Marco Túlio de Mello e o educador físico Ricardo Cassilhas submeteram um grupo de 62 homens sedentários com idades de 65 a 75 anos a um programa idêntico ao que os jovens fazem nas academias: dez minutos na esteira e 50 minutos em aparelhos de musculação. “Após seis meses, eles tiveram melhora na memória de longo e curto prazos e ficaram mais alertas”, diz Mello.
Como a atividade física muda o cérebro...
Quando novosneurônios surgem no cérebro, aparecem também novos vasos sanguíneosExercícios aumentam o volume sanguíneo na área do hipocampo relacionada à memória e à aprendizagemSegundo os cientistas, essa seria uma prova de que a atividade física ajuda a criar neurônios
...e como tirar o melhor proveito dela
Para trazer benefícios ao cérebro, a atividade física tem de ser freqüente. O ideal é praticar uma hora de exercícios, pelo menos três vezes por semanaEsportes que trabalham vários gruposmusculares e envolvem estratégia – como o judô – estimulam mais as habilidades cognitivasExercícios respiratórios, meditação, tai chi chuan e ioga melhoram a capacidade de concentração e memória
Fontes: Universidade de Colúmbia, Li Li Min, neurologista da Unicamp, e Alfredo Fonseca, cardiologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo

Mais que determinar quantos neurônios são produzidos numa aula de ginástica, o grande desafio dos especialistas é tornar a atividade física prazerosa. O nadador Gustavo Borges, quatro vezes medalhista olímpico, aprendeu que o aluno só se compromete com o esporte quando é desafiado. Ele desenvolveu um método de natação que é aplicado a 2 mil alunos de 83 academias de todo o país. Traçou um calendário de objetivos semanais, com uma série de metas. Conforme os nadadores avançam, mudam as cores da touca (algo parecido com a troca de faixa no judô). A busca da superação aumenta o interesse dos aprendizes, sejam crianças, sejam adultos. “Independentemente da idade, nadar melhora o apetite e tranqüiliza o sono. Bem alimentada e descansada, qualquer pessoa apresenta um salto de bem-estar”, diz Borges. E, segundo as novas pesquisas, pode ficar mais esperta também.
A atividade física também tem se mostrado uma forte aliada contra as perdas neuronais relacionadas ao envelhecimento. “Em diversos estudos, surgem evidências de que o hipocampo é a estrutura cerebral mais afetada pelos exercícios. A atividade física induz mais sinapses, aumenta o número de neurônios nessa região e ajuda a preservar os já existentes”, diz o neurologista Hillman.

As recentes descobertas na área da neurociência sugerem que, em qualquer fase da vida, malhar aumenta a eficiência cardíaca, metabólica e cerebral. Pessoas que se exercitam regularmente correm menos risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer. Além disso, a atividade física moderada protege as células do hipocampo, segundo uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Em caso de acidente vascular cerebral, os danos podem ser menores e a recuperação mais rápida”, diz Carlos Alexandre Netto, orientador do trabalho da pesquisadora Fernanda Cechetti.
A idéia de que o exercício deixa o cérebro afiado é muito atraente. Mas o ganho cognitivo só se verifica em quem se exercita regularmente. Atletas de fim de semana não atingem o mesmo resultado. Por outro lado, o estresse produzido pelo excesso de malhação pode anular os benefícios para o cérebro. Em experimentos com ratos, algumas séries de exercícios levaram ao aumento de uma substância identificada pela sigla BDNF. Ela induz o surgimento de neurônios. Quando o exercício era exagerado, porém, a substância não era produzida. Há dúvidas sobre os mecanismos envolvidos nesse processo.“O exercício influi na circulação cerebral e na sobrevivência das células neuronais, mas serão necessários anos de pesquisa para saber quais as moléculas envolvidas”, diz Netto.

Mais que determinar quantos neurônios são produzidos numa aula de ginástica, o grande desafio dos especialistas é tornar a atividade física prazerosa. O nadador Gustavo Borges, quatro vezes medalhista olímpico, aprendeu que o aluno só se compromete com o esporte quando é desafiado. Ele desenvolveu um método de natação que é aplicado a 2 mil alunos de 83 academias de todo o país. Traçou um calendário de objetivos semanais, com uma série de metas. Conforme os nadadores avançam, mudam as cores da touca (algo parecido com a troca de faixa no judô). A busca da superação aumenta o interesse dos aprendizes, sejam crianças, sejam adultos. “Independentemente da idade, nadar melhora o apetite e tranqüiliza o sono. Bem alimentada e descansada, qualquer pessoa apresenta um salto de bem-estar”, diz Borges. E, segundo as novas pesquisas, pode ficar mais esperta também.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Adaptação do corpo humano entre um estímulo e outro

Super compensação é o estado fisiológico e psicológico ideal para ocorrer antes do dia de treinamento de alta intensidade. No entanto, a super compensação só pode ser atingida se o trabalho e a regeneração são periodizados de forma correta.



Após cada sessão de treinamento, e entre duas sessões, existe uma fase de compensação em que os substratos bioquímicos de energia são repostos. O retorno do organismo para o estado de homeostase (equilíbrio químico) é lento e progressivo, indicando que a reposição dos estoques de energia leva várias horas/dias variando de pessoa para pessoa. Se o intervalo de recuperação entre duas sessões de alta intensidade é planejado corretamente, os substratos energéticos (principalmente glicogênio) são completamente repostos e o corpo ainda adquire mais algum combustível. Essa energia extra coloca o praticante de exercício físico em um estado de super compensação e dá a ele energia para treinar ainda mais intensamente. Isso é essencial para a adaptação ao treinamento e, conseqüentemente, para aumentar massa muscular, o tônus e a definição.

Se o tempo entre dois treinos é muito longo, a super compensação vai involuir, resultando em pouca ou nenhuma melhoria na capacidade de treinar. O período ótimo de recuperação para gerar um novo estímulo varia de acordo com o tipo e a intensidade do treinamento. Treinando dessa maneira, pode-se esperar que a super compensação ocorra a cada dois a quatro dias.

É vital para os praticantes de exercícios físicos estarem cientes de todos os fatores que contribuem para o processo de recuperação, porque é a combinação desses fatores que vai afetar o treinamento como um todo. Os principais fatores a considerar são:
- A idade do praticante influencia a velocidade de recuperação. Praticantes mais velhos geralmente precisam de períodos mais longos de recuperação que mais jovens.
- Quanto mais experiente no treinamento, o praticante necessita de menos tempo de recuperação. Isso se relaciona com adaptação fisiológica mais rápida frente ao estímulo.
- O sexo pode afetar a capacidade de recuperação. Praticantes femininas costumam ter nível mais lento de recuperação. A razão para isso dá-se pelas diferenças no sistema endócrino entre homens e mulheres.
- Fatores externos, como fuso horário, altitude e clima frio (ambientais) tendem a diminuir o efeito do processo de recuperação.
- A reposição de nutrientes a nível celular afeta o processo de recuperação.
(Tudor O. Bompa e Lorenzo J. Corcacchia)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um só não basta

Depois de a abstinência de cafeína entrar para o manual de transtornos mentais, os médicos discutem se vale a pena curar a dependência


Dor de cabeça, fadiga. Irritabilidade, dificuldade de concentração, náusea e dores musculares. Quem costuma ingerir mais de 250 miligramas de cafeína por dia e apresenta ao menos três desses sintomas após 24 horas sem um único cafezinho ou refrigerante pode ser diagnosticado com abstinência de cafeína. Esses 250 miligramas equivalem a seis xícaras de café expresso ou cinco latas e meia de Coca-Cola. A dependência química da substância é conhecida desde a década de 90, mas somente neste ano a abstinência foi incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), que está em sua quinta edição. O DSM, editado pela Associação Americana de Psiquiatria. é referência mundial no tratamento de doenças psiquiátricas.

Como acontece com outros tipos de dependência química, a da cafeína também se dá no cérebro. A cafeína tem o poder de bloquear os receptores de adenosina, substância liberada durante toda a atividade cerebral e que funciona como um calmante natural. Assim, uma mente em estado de cansaço e com níveis altos de adenosina vai experimentar alívio e excitação depois de algumas doses de cafeína. O processo funciona bem durante um tempo, até que o cérebro aciona suas defesas em busca de equilíbrio e passa a produzir mais receptores de adenosina. Então, a quantidade de cafeína necessária para produzir excitação passa a ser maior. Isso explica por que pessoas que consomem muita cafeína adquirem resistência e precisam aumentar as doses de café ou refrigerante para desfrutar o efeito energético.

A inclusão da abstinência em um manual de transtornos mentais é controversa. Diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo: “Os sintomas de abstinência de fato existem, a dúvida é se vale a pena transformá- los em uma doença”. Os especialistas que apoiam a iniciativa lembram que a cafeína é a droga psicotrópica mais popular do mundo. Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, o vício em cafeína e os sintomas de abstinência devem ser diagnosticados e remediados de maneira individualizada. “Cada organismo apresenta uma vulnerabilidade diferente. O que deve ser observado é se a dependência atrapalha a realização das tarefas diárias”, diz ele.

Felizmente, o tratamento é mais simples, quando comparado ao dispensado a viciados em outras drogas, e o sintomas da abstinência não costumam durar mais do que urna semana. A cafeína não é atípica porque não provoca danos no cérebro ou no organismo comparáveis aos dos entorpecentes”, diz Laranjeira. No consultório de Roland Grifflths, do departamento de psiquiatria e neurociência da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, os pacientes viciados em cafeína são orientados a reduzir gradualmente a ingestão da substância – 25% a menos a cada semana. Uma das táticas para alcançar essa redução é misturar café descafeinado à versão normal. Em um pomo os especialistas concordam: moderação é essencial para que a cafeína não amargue o dia a dia.

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