Quantas vezes você tentou fazer uma
dieta e não deu certo? Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, do Departamento de
Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), comer
representa mais uma questão emocional do que apenas uma necessidade do
organismo.
“Bebemos e comemos para comemorar,
mas também recorremos à comida quando estamos tristes – sobretudo às mais
calóricas”, observa Arthur. Para ele, portanto, perder peso é mais do que
somente interferir na dieta. Devemos focar, em primeiro lugar, em nossos
distúrbios emocionais, São deles, na maioria dos casos, que desencadeiam os
distúrbios alimentares.
A compulsão alimentar surge do nosso
desequilíbrio emocional. Carência, ansiedade, estresse, saudade, perda, tudo
influencia para que busquemos satisfazer nossa falta de algo – emocionalmente
falando – pelo prazer de comer algo que nos apetece.
Arthur acredita que muito destes
problemas alimentares derivam da nossa criação. Nos acostumamos a associar as
guloseimas da infância com momentos de carinho, festa e comemoração. Crescemos
e esta ideia segue conosco subconscientemente. “Ao não se sentir preenchida com
esse carinho, aquela guloseima ‘volta’ porque a faz lembrar dos pais. É como se
a mãe viesse trazendo a comida”, explica o psiquiatra.
Portanto, simultaneamente ao agendar
um nutricionista, marque também um psicólogo para fazer o tratamento completo
tanto dos distúrbios alimentares quanto dos emocionais.
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