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sexta-feira, 19 de abril de 2013

A memória muscular explicada

Quase todos sabem que quando se para de praticar musculação, passado algum tempo começa-se a perder força e massa muscular de forma gradual (atrofia muscular), basicamente perde-se uma parte dos ganhos obtidos com esforço nos treinos.


Mas também  muitas vezes  quando  recomeçam os treinos,   recupera-se em poucas semanas a massa muscular e a força perdidas, e as vezes  com diminuição da porcentagem de gordura corporal. O que facilita  a recuperação da forma física anterior. Parece que os músculos se lembram do seu estado anterior. Este fenômeno tem o nome de “memória muscular”.

Durante muito tempo teorizou-se que este fenômeno ocorria principalmente devido a mecanismos do sistema nervoso. E embora os mecanismos do sistema nervoso possam explicar os ganhos de força, não explicam como é possível recuperar a massa muscular de forma tão rápida. No entanto, as investigações mais recentes vieram fornecer novos dados que apontam para a resolução do mistério da memória muscular.

Os mecanismos da memória muscular
Ao contrário de outros tipos de células, as células musculares possuem mais do que um núcleo, podendo chegar a conter centenas de núcleos. O motivo pelo qual os músculos precisam de um número elevado de núcleos, é que os núcleos são basicamente os centros de controle que comandam as células,  as células musculares são muito maiores e também muito mais complexas do que outras células do corpo, a presença de apenas um ou dois núcleos é largamente insuficiente para controlar essa célula.

As “transformações” de Christian Bale demonstram bem o fenômeno da memória muscular. 

Por isso, quando a massa muscular aumenta de tamanho, também é necessário adicionar mais núcleos. Isto já foi comprovado numa série de estudos, nos quais o número de núcleos aumentou à medida que ocorria a hipertrofia da massa muscular.

Também já foi demonstrado que os utilizadores de esteroides anabolizantes e as pessoas com facilidade em desenvolver massa muscular possuem um maior número de núcleos nos músculos do que o normal.
Tal como acontece quando se trata do aumento da massa muscular, acreditava-se que acontecia o oposto quando se perdia massa muscular – ou seja, que se perdia alguns núcleos devido ao fato de já não serem necessários. E esta teoria foi confirmada em estudos que mostraram que o número de núcleos diminui à medida que o músculo atrofia.

No entanto, estudos mais recentes em que foram usados diferentes modelos animais (desnervação, descarga, ablação sinérgica) mostraram que, ao contrário do que se acreditava anteriormente, à medida que o músculo atrofia ou diminui de tamanho devido à inatividade ou falta de exercício (até 3 meses), não existe perda de núcleos nos músculos. Tal como podemos ver na imagem, o tamanho do músculo diminuiu para metade (50%) tal como está representado nas linhas, mas o número de núcleos manteve-se igual (representados pelos pontos verdes).


O que significa isto? Basicamente significa que uma vez que o músculo reteve a mesma quantidade de núcleos depois de ter parado de treinar, irá ser mais fácil aumentar a massa muscular até ao seu tamanho anterior. Portanto, esses núcleos das células musculares parecem agir como “células de memória”. Eles “recordam-se” da quantidade de massa muscular que você tinha antes de ter parado de treinar. Porque é que se pensava que os núcleos musculares desapareciam à medida que se perdia de massa muscular?

Os estudos mais recentes usaram uma técnica diferente para estudar esses núcleos. Em estudos anteriores, os investigadores contaram núcleos que pertenciam ao tecido conjuntivo e outras células (células-satélite). Esses núcleos realmente desaparecem com a falta de treino / atividade muscular. Por isso, os investigadores assumiram de forma errada que os núcleos musculares desapareciam  à medida que a massa muscular atrofiava, quando na realidade esses não eram realmente núcleos musculares. Os estudos mais recentes contabilizaram os verdadeiros núcleos dos músculos e não encontraram perdas (1,2,3).

Outras possíveis explicações
Um outro fator que pode ajudar a explicar o motivo pelo qual é mais fácil recuperar a força e massa muscular quando se recomeça a treinar do que quando se começa a treinar pela primeira vez, é porque os praticantes de musculação já conhecem os exercícios, têm uma ideia razoável da forma técnica correta para os realizar e portanto têm as bases para realizar treinos produtivos.  Embora a forma técnica nos exercícios também se deteriore quando se deixa de treinar, mas é sempre mais fácil reaprender a técnica dos exercícios do que aprender a realizá-los pela primeira vez.

Conclusão
O fenômeno da memória muscular pode ser explicado em grande parte pelo fato dos músculos manterem o mesmo número de núcleos musculares durante a perda de massa muscular ou falta de treino. No entanto, estes resultados ainda têm que ser confirmados por estudos em seres humanos. Existem ainda outros fatores, sobretudo neurológicos e também de experiência de treino, que podem explicar em parte o fenômeno da memória muscular.

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